Pés na lama e uma espessa chuva pesa em minha cabeça.
Os pontos cardeais contidos no horizonte sombrio do horizonte
não são mais um ambiente tão vazio.
As tardias visões que o ser "eu" costumava presenciar eram tão reais ali.
Só consego sentir o dedo dos céus massageando brutalmente o meu coro cabeludo,
enquanto meus pés comem lama.
E minhas mãos comiam lama.
Massageando brutalmente o chão em recompensa.
Enquanto sinto a lama escorrer pelos dedos,
a brutal chuva lambe minhas costas com sua língua áspera,
e sua respiração ofegante.
Ou seria a minha?]
Um parto enfim acontece.
A chuva cessa seu grito.
Ou será o meu?]
A lama é a vagina do céu.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
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