domingo, 27 de junho de 2010

Ending


Meagering like mud,like water, like a human
Meagering as pencil graphite, as something that meagers conscientiously
Slowly and vacant like love meagers…

Cansaço


Uma caneta na mão
e um pensamento na cabeça
Oportunidade quase extinta
Por um tempo temí não pensar
Uma cabeça na caneta
e um pensamento nas mãos
Não morri, fui dar uma volta
cheguei:
À vossa desposição...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Rega a dor


O céu chora alto
enquanto esse cheiro insuportável de morte me sufoca
A noite parece uma escrava negra chorando após o violento

O poeta perguntou a Deus
o porquê dessa chuva tão forte.

Impaciente ele respondeu:
Estou regando os homens
pra que um dia eles cresçam.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Homo Sapiens Sapiens Bomb


Eu vou explodir!

Cerquem a área
preparem-se

Eu vou explodir!

Protejam suas caras, suas casas
Plastifique suas janelas

Eu vou explodir!

E cuidado com minha cabeça
Pois essa será a única parte
do despedaço que me sairá inteira.

Chronos Humano II


De que servem os postes?
a luz elétrica?
a própria eletricidade?

De que servem as ciências das máquinas?
A evolução de uma ampulheta?

- Espero ansiosamente outro cometa!]

terça-feira, 15 de junho de 2010

Chronos Humano


Todas as noites eu me descubro
Coisas que nem imaginava
que caberia a pessoas como eu
Talvez até nunca pensar
Quebrei a promessa quando falei pro tempo que
Permitia mudar
Certo dia eu decobri
que todos os dias são errados

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Árvore


Do mesmo chão que nascem os coqueiros
Brotam também, os enormes postes de ferro
Se a arvore dá côco
Será que a luz é o fruto que o poste dá?

domingo, 13 de junho de 2010

Meio Destino


Logo então aquela cartomante
de riso forçado
me falou que eu tropeçaria
nas flores
Portanto reforçou, para que eu não me preocupasse
que aquilo só aconteceria quando estivesse mais velho
Levantei a mão
com olhar indiferente
segui o caminho vermelho daquela calçada
reta e irregular
Distraído e pensativo tropecei em um vaso de flores
espinhosas

Dois minutos mais velho.

sábado, 12 de junho de 2010

Hélice


Quantos homens se matam ao redor de mim?
Quantos tempos se perdem e eu nem sei dizer.
Cortes largos nas costas me acordam, enfim...
Muitos caem, se jogam e eu sei por quê!

Você está vendo aquela hélice lá no alto?
Bem, na verdade é minha cabeça que não pára de girar.
Com quantas tardes se faz um vício irreversívelmente reversível?
Com quantas letraas se faz um grito?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pós Moderno


Os pneus do mundo
giram as rodas
dos carros
Uns pássaros rasgam
as asas de um
vento chumbado
Pessoas correm no
rastro de um
tempo parado...

Instalaram um motor no mundo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Hoje Blues


Hoje também é o dia em que o ano termina
Mãos nos bolsos e uma vida na cabeça
Pensamentos sobre algo que se apaga aos poucos na fumaça de um cigarro
Boa noite a todos
meu nome é insensatez
Ultimamente ajo sem pensar
Penso sem ajir
Ultimamente sinto frio e amor
E alguma coisa se apaga na seda de um Free Box
Verdade que o mundo é grande demais pra pensarmos
na insignificância desse ultimo dia dia

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Poema de Terror


Queria escrever um poema que colocasse medo no mundo
Falei em fome, O terceiro mundo estremeceu
Falei em Deus, O Oriente médio parou
Falei em terrorismo e a grande potência mundial se escondeu embaixo da mesa
Desculpe, querido Poe, mas corvos e gatos pretos não assustam mais ninguém.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Alien I


Um dia de homem
Outro dia de cão
Fumando um free box
Para a destruíção
Da
Camada
de
Ozônio

Um dia: miséria
Outro dia: demente
Mascando um chiclete
Para a destruição
Dos
Meus
Próprios
Dentes

Lutando contra si próprio
Consegue-se ser tão revolucionário
E rebelde]
Quanto
Um
Sal
de
Andrews!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aquela Quarta




Era dia
Um asfalto quente soprando folia
Era frio, mas ninguém sabia
Fervia o eiro
Quarta de fevereiro
E ninguém quase dormia
Foi difícil acreditar que os dias
se cansam, e se retorna o breu
Foi difícil aceitar que era dia
de deixar de ser eu
pra ser assim,
pr’eu voltar
a ser a máscara de Deus

domingo, 6 de junho de 2010

Gris


Minha cara é a cara do dia
Pálido e chuvoso.
Simetria, simetria
Entre o claro
e o que me resta.
O tempo e, em paralelo, a minha existência

sábado, 5 de junho de 2010

Endoscopia


Faça uma endoscopia em mim e veja quem eu realmente sou por dentro.

Fígado
Rins
Músculos
Sangue
Pulmão

Amor? Que órgão é esse?

Ossos
Cartilagens
Membranas
Tripas
Coração?
-Coração.

Amor? Que órgão é esse?

Doutor, Por tudo que é mais sagrado
Faça-o matéria
E o quanto antes
arranque-o de mim

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Negra Pele Fragrante


A malha lisa de tua pele
e o cheiro eterno dela]
Me inebria como nenhuma drogra consegue.
Eu quero mais o teu olhar
Eu quero mais o seu suor, o que você quiser me dar.
Eu sou a sua melhor invenção
Sou a melhor parte de mim com você

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Locução Adjetiva


Dia de Sol
O vento sopra sempre do sabiá sa asas
O silêncio se perde no tilintar do copo
de vidro]
Marieta e seus copos de vidro
Sempre de vidro
E o sabia sempre de vento
No céu cheio de nuvens
As asas do sabiá sopram o vento
Enquanto desaparece no céu de vidro
de vidro]
de vento]
O sabia e seu vento de céu, de nuvens
Um indivíduo e seu sossego
de vento]
de céu]
de núvens]
[de asas
de vidro]

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Do Brega Romântico do Botequim do Fim da Esquina da Minha Cabeça


Desisti da minha vida de poeta
O céu não tem mais cores
As flores não tem mais cheiro
A vida já tem sentido
Já me conformo com a solidão
Pois já cansei de me perder e te encontrar em outros braços
Desisti de ser poeta
De que adianta a esperança?
De que adiantou todas as vezes que me travesti de palavras para dizer-te a verdade e dar voz ao que sobrava de minha alma
Eu cansei
Desisti de ser poeta
Destruí a minha honra
Queimei teu rosto de papel
Com o mesmo inflamável que ingeria
Desisti de teus braços, tua pele e tua presença
Eu cansei de ser você
Desisti da minha vida de poeta
Pois não enxergo mais teus olhos no negro na noite
Teus cabelos já não são a cor do trigo
Tua voz não é aquela que me acalma
Desisti de observar o céu, os sons, as cores
Desisti do amor e de você
Desisti da poesia


Hebert Lima

terça-feira, 1 de junho de 2010

Pedido de Casamento


O círculo acaba no começo
Você acaba em mim
Eu acabo em você
Nós, juntos, somos um único círculo
Inacabável e eterno
Você acaba onde eu começo
E vice-e-versa
Só te peço pra nunca acabares por acabar
Seja meu começo
Que eu sempre serei o seu fim e começo
fim e começo e fim e começo...